Game over

O jogo chegou ao fim, após seis níveis passados, com muita luta, com garra, com lágrimas de alegria e tristeza, com chorar a rir e sorrir com vontade de chorar, heis que levanto a bandeirola branca e desisto de continuar em jogo.

Ao longo de cada nível, recordo as pessoas que por aqui passaram, conheci várias pessoas, várias colegas e poucos amigos. Fica no coração meia dúzia deles que sei, que são verdadeiros.

Este último nível foi o mais duro de travar, mas graças à determinação da I.  procuramos desvendar os enigmas, descobrir a verdade e ainda assim conseguiram sempre dar a volta por cima.

A desistência vem daí, e vem sobretudo pela falha para connosco no que toca a receber ao final do mês.

Fizemos um acordo e venho embora com a cabeça erguida, e para trás deixo o meu primeiro emprego, guardo na memória a aprendizagem, que é o valor mais importante, porque entrei com 18 anos, uma miúda inocente que acreditava na boa-fé das pessoas e agora quase a fazer 25 anos, vejo uma mulher determinada, que aprendeu com os erros, que sabe distinguir o que quer e que luta por aquilo em que acredita. Acredito nos meus valores, tenho determinação e vou ganhar mais garra, depois de um merecido descanso para desligar completamente o botão.

É um virar a página, é um recomeçar do zero, mas é sobretudo um peso nas costas que sai de cima de vez. Porque nada compensa trabalhar sem receber, sem motivação, sem criatividade, sem o merecido reconhecimento de tantos anos dedicados a esta empresa.

Apenas quero recordar daqui os sorrisos, as gargalhadas, o chorar a rir, as brincadeiras, conversas parvas, episódios hilariantes, tudo o que de bom aconteceu.

Fecho a porta convicta que fiz tudo o que devia, e se mais não foi feito, foi porque a desmotivação falou mais alto.

Agora, ainda sem nada em vista, mas com muitas ideias para recomeçar, vejo a luz ao fundo do túnel, dando origem a uma nova estrada para caminhar e encontrar um novo rumo.

Como já referi “quem muda Deus ajuda" e eu acredito que sim!