quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Falar em emigração…


Eu sou mais uma no meio de tanta gente que tem família fora, no estrangeiro, espalhados por esse mundo fora, à procura de melhores condições de vida, de sustento para as suas famílias, em que muitas vezes só a vem a Portugal de meio em meio ano, e o tempo que cá passam a matar saudades, nunca é suficiente. 
 
Eu falo pela experiência que tenho, há 12 anos que o meu pai é emigrante, anda pelos países vizinhos em trabalho, à procura de melhores condições de vida. Muitas vezes, vem um fim-de-semana de mês a mês, já chegou a vir de 15 em 15 e até de 8 em 8 dias, porque era no país vizinho. 

Atualmente está mais longe, vem de mês a mês, mas apesar de já terem passado doze anos, a partida custa sempre, é aquele aperto no coração, é a saudade que tende em não desaparecer, às vezes com um telefonema, a coisa ainda se compõe, mas mesmo assim não é suficiente… Custa muito, não ter um pai sempre presente, quando chegamos a casa, não o ver, não o ouvir, não sentir que ele está ali, e que está longe.

Para além do meu pai, que é uma das pessoas mais importantes da minha vida, tenho mais familiares espalhados por esse mundo fora, vai desde tios, primos, cunhados, alguns amigos de infância, e se foram para lá e continuam a partir é porque o país onde vivemos está a descambar de tal maneira que qualquer dia, não vai restar cá ninguém. 

Eu sempre tive vontade de emigrar, confesso e nunca escondi isso de ninguém, apesar de toda a gente me dizer que o modo de vida de um emigrante não é o mesmo como se estivesse em Portugal, mas mesmo assim nunca desisti, apenas deixei esse projeto dentro de uma gaveta fechado, e confesso que qualquer dia, consoante as coisas andam por cá, vai acontecer abrir a gaveta e aventurar-me por esses países fora à procura de melhores condições de vida.

2 comentários:

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