segunda-feira, 22 de julho de 2013

Para pensar...


Numa altura em que já toda a gente pensa e anseia por uns maravilhosos dias longe do stress constante, das notícias dramáticas, dos cortes orçamentais, entre outras coisas mais, que nos transtorna e desmotiva todos os dias e faz com que andemos com a cabeça a mil à hora. Já existe alguns sortudos de férias, em pleno descanso. E falo nisso, porque é a época alta para tirar férias, pelo que parece, o calor veio para ficar, é bem convidativo a uns dias de sol, praia e muita água fresca. Nota-se também pelo trânsito, nestas alturas anda-se bem na estrada, a apreciar multidões de férias, enquanto rumo ao trabalho, todos os dias sem exceção. Trabalho em contagem decrescente também para umas merecidas mini férias (três dias), por enquanto, depois há mais, porque sem exceção também mereço esses dias, depois de tudo o que aguento.

Confesso que, num ano, existem pessoas em que a vida delas dá uma volta de 180º. Conheço muitas pessoas assim, e essas pessoas não se vingam, lutam. Há pessoas que não sabem dar valor ao que tem. Falam à boca cheia, como quem quer, pode e manda. E existem pessoas que não cruzam os braços, tem uma força de viver incrível.

Eu valorizo e respeito muito mais as pessoas que apesar das partidas que a vida lhes prega, elas erguem a cabeça, mas não a erguem por metade, erguem-na por inteiro. E vão à luta como no primeiro dia de aulas, de trabalho, ou de recomeço. Confesso que me caracterizo bastante com este tipo de pessoas. Apesar de poderem pensar que fui alguma princesinha dos contos de fadas na infância, a verdade é que nem para lá caminhou.

Fui uma menina normal, nunca me faltou comida na mesa, roupa para vestir e calçado, livros e material para estudar, até brinquedos tive e bastantes confesso. Mas o mais importante foi a educação que tive, a disciplina, o amor, o carinho, o saber respeitar e ser respeitada.

Isso tudo originou a pessoa que sou hoje. Quando tive que tomar responsabilidades com apenas 12 anos, soube cumprir essa tarefa com distinção, com a ajuda de familiares, e apesar das divergências tive sangue frio para aguentar e cuidar dos meus dois irmãos mais novos. E a partir daí, confesso que a minha infância/adolescência nunca mais foi a mesma.

A vida pregou-me uma partida, que com as lágrimas nos olhos todos os dias durante bastante tempo, consegui suportar e crescer, e orgulho-me bastante de ser assim.

Ter a cabeça no sítio, ser uma pessoa que sabe tomar as suas decisões, que tem medo de arriscar, sim tenho confesso, (felizmente ou infelizmente) ainda não sei. Mas continuo a orgulhar-me pelo que já fiz, e pelo que faço.

Não sou influenciável, não tomo partidos de ninguém, sou apenas eu própria.

Não é por ter crescido depressa de mais, que me tornei uma pessoa revoltada, não é por ter que partilhar as coisas que me tornei invejosa, nada disso. Sou muito feliz como sou. Fui presenteada com o mais importante da vida, o amor verdadeiro, a amizade, o carinho e o respeito. E espero um dia vir a incutir as mesmas coisas que me incutiram a mim.

PS.: este texto já foi escrito a algum tempo, estava guardado, para um dia ser publicado. foi hoje ! :) 

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