quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Novas oportunidades…


Desde que me mudei, e depois da minha bonequinha ter morrido, sempre tive a necessidade de ter um animal de estimação para cuidar. Aqui tinha o gato da minha sogra que é um amor, mas é fiel aos donos dele, a gata das minhas sobrinhas, que descobriu o caminho para a antiga casa dela (minha atual) e agora está sempre por cá, mas não é muito amante de festas e miminhos… Apesar de me sentir bem, faltava algo que fosse meu.
Esperei cerca de dois meses, para ver se a minha mãe arranjava-me um cachorro, como não conseguiu, este fim-de-semana meti mãos à obra e andava na net em busca de cachorros para adotar… Vi três que me interessaram, o primeiro já tinha sido dado, o segundo fiquei de passar lá ao final do dia, e o terceiro nem se deu ao trabalho de responder.
Aproveitei o domingo de tarde, para ir procurar um vestido para o casamento que é nada mais, nada menos do que em Dezembro, e tenho-vos a dizer que ainda não encontrei nada, mas continuando (fica para outro post)… Combinei com a senhora e ao vir das compras, passei em casa dela para ver o cachorro e parecia um urso de peluche, fiquei encantada e apenas perguntei o básico: se estava desparasitado, se era realmente um cão e se já comia! Quando as minhas questões foram esclarecidas, arranjaram-me uma caixinha e lá trouxe o bichinho.
Quando cheguei a casa, pousei-o no chão e ele pouco andava e eu ok é normal, mas o que achei estranho é que não conseguia abrir os olhos, e eu pensei ainda não os tinha aberto, ou apanhou alguma infeção, sei lá… Quando o mostrei há minha sogra, ela alertou-me para o facto de o cachorro ser cego e achar estranho que as cadelas tenham ido primeiro… Eu ok dei o benefício da dúvida, mas não me importei muito com o assunto.
Entretanto, no dia a seguir, comecei a pensar melhor no que a minha sogra tinha-me dito e estava danada com a “gaja” que me deu o cão, porque tinha sido enganada, ela podia ter sido sincera na altura e ter dito logo que o cão tinha algum problema. Tinha duas opções: ou devolvia o cão e dava uma descompostura à gaja, ou levava-o ao VET para ele confirmar as minhas suspeitas e depois dava uma descompostura à gaja! E lá fiz eu… No final do dia peguei no cão e levei-o ao veterinário, ele confirmou que o cão era cego desde nascença, por isso é que os olhos não abriram….
Fiquei com um nó no estômago, sabia que se devolve-se o cachorro, talvez o mais certo seria a gaja arruma-lo, ou abandona-lo… Então decidi ficar com ele, e digo-vos que foi a decisão mais sensata que tomei… O nome dele é Júnior, (a minha sogra trata-o por fofinho quando não se lembra do nome dele) e ele está a adaptar-se muito bem ao espaço, às pessoas… Já brinca e faz asneiras, come bem e começa a orientar-se muito bem, conhece-nos pelo cheiro e pela voz, tem sido muito obediente e brincalhão….
Tenho lido bastante informação sobre como tratar de um cão sem visão e tem sido uma grande experiência, uma grande motivação e com grande alegria de ter tomado uma decisão certa… Ele tem direito á vida como cada um de nós, e lá por estar limitado num determinado sentido, não quer dizer nada, orienta-se muito bem pelos restantes, tem sido uma grande aprendizagem…
Por isso, fica o conselho: se algum dia vos acontecer algo parecido não pensem duas vezes! Cuidem dele ou dela, eles também precisam de carinhos, de miminhos, de se sentirem amados e acreditem é bastante recompensador.


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