Afinal ainda existem boas pessoas…

Ontem ao final do dia, quando chego a casa, e a encontro deserta, sem pais ou irmãos. Penso para comigo “Sozinha em Casa”, vamos à palhaçada, mas antes de me apegar a fazer o quer que fosse, toca o telefone. A minha mãe estragou-me os planos, pediu para vir a casa de uns tios porque iam lá jantar, e eu se quisesse jantar sem ter que o fazer teria que ir também, se não tinha que meter as mãos na massa. E confesso que até gosto de meter as mãos na massa, mas ontem a vontade não era muita, por isso fui ter com eles.

Ao sair, encontro-me com uma vizinha, mesmo ao lado de minha casa, que pediu para falar comigo. Eu disse “claro que sim” mas pensei se tinha feito alguma coisa de errada ou as minhas gatas tivessem feito asneiras (como elas cismam em andar na nossa propriedade e da vizinha do lado também!).

E quando ela veio falar comigo, vi que afinal aquela jovem senhora, apenas me estava a oferecer um part-time de apenas um dia, mas que iria ganhar algum dinheiro. E confesso que até me fazia bastante jeito, mas teve um senão, em que mesmo que quisesse aceitar não podia, porque sou uma esquecida e preguiçosa e não mudei a morada do meu CC (cartão de cidadão), por isso não estou recenseada na minha terra.

Esse senão, fez com que não pudesse participar! Mas a minha vizinha foi uma querida em se lembrar, porque ela disse-me que uma vez, quando estava cá fora a desabafar com os meus botões, ela ouviu-me e que por isso lembrou-se de me convidar.

Foi uma pena, mas fiquei muito sensibilizada com o gesto! E fartei-me de lhe agradecer mesmo que não possa ir.