Eu sou mais
uma no meio de tanta gente que tem família fora, no estrangeiro, espalhados por
esse mundo fora, à procura de melhores condições de vida, de sustento para as
suas famílias, em que muitas vezes só a vem a Portugal de meio em meio ano, e o
tempo que cá passam a matar saudades, nunca é suficiente.
Eu falo pela
experiência que tenho, há 12 anos que o meu pai é emigrante, anda pelos países vizinhos
em trabalho, à procura de melhores condições de vida. Muitas vezes,
vem um fim-de-semana de mês a mês, já chegou a vir de 15 em 15 e até de 8 em 8
dias, porque era no país vizinho.
Atualmente está
mais longe, vem de mês a mês, mas apesar de já terem passado doze anos, a
partida custa sempre, é aquele aperto no coração, é a saudade que tende em não desaparecer,
às vezes com um telefonema, a coisa ainda se compõe, mas mesmo assim não é
suficiente… Custa muito, não ter um pai sempre presente, quando chegamos a casa,
não o ver, não o ouvir, não sentir que ele está ali, e que está longe.
Para além do
meu pai, que é uma das pessoas mais importantes da minha vida, tenho mais
familiares espalhados por esse mundo fora, vai desde tios, primos, cunhados,
alguns amigos de infância, e se foram para lá e continuam a partir é porque o
país onde vivemos está a descambar de tal maneira que qualquer dia, não vai
restar cá ninguém.
Eu sempre
tive vontade de emigrar, confesso e nunca escondi isso de ninguém, apesar de
toda a gente me dizer que o modo de vida de um emigrante não é o mesmo como se
estivesse em Portugal, mas mesmo assim nunca desisti, apenas deixei esse
projeto dentro de uma gaveta fechado, e confesso que qualquer dia, consoante as coisas andam por cá, vai
acontecer abrir a gaveta e aventurar-me por esses países fora à procura de
melhores condições de vida.
Alguns dos meus familiares também emigraram
ResponderExcluirInfelizmente tiveram que ir procurar novas oportunidades
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