Há mês e
meio que tomo medicação para a ansiedade e a verdade é que tenho que ir
novamente ao médico, porque não estou a ver melhorias com que estava à espera,
depois de ter ido á consulta a primeira vez.
Algumas coisas
mudaram com a toma de medicação, mas a maior parte das crises de ansiedade
ainda continuam aqui, e infelizmente sei o motivo delas continuarem a aparecer.
Por muito
que pense num campo verdejante com flores, um bonito sol a raiar e uma brisa
suave de verão, entre outros pensamentos ou imagens positivas, a verdade é que
isso não me ajuda a resolver os problemas que me vão assombrando, mês após mês.
Sempre os mesmos. Não conseguir ultrapassá-los, são o pão nosso de cada dia.
Considero-me
uma pessoa forte, até ao dia em que explodo e aí encho o rio douro de lágrimas,
um choro sufocante, muitas vezes sem razão aparente, simplesmente porque devo
ter enchido o saco, que fui acumulando. É o meu mal, guardo muita coisa para
mim, apesar da terapia da escrita ter melhorado, mas não foi suficiente.
O ar cansado
de quem foi de férias há pouco tempo, (foi entre aspas, tem os seus quês), as
olheiras que teimam em não desaparecer mesmo com um anti olheiras e quase todos
os métodos caseiros que sei, a verdade é que elas continuam aqui. O ar abatido
com que acordo todos os dias, e muitas das vezes permanece o dia todo. O stress
constante do trabalho, acho que ninguém aguenta.
Mas tenho
que aguentar, porque sou uma mulher forte, não é isto que me vai deitar a
baixo, já passei por alguns momentos menos bons, por assim dizer e consegui dar
a volta por cima. Por isso, tenho que ir visitar novamente o médico,
desembolsar umas notas e ver o que ele me diz. Se calhar o prognóstico não será
o mais positivo mas vou ver…
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