terça-feira, 3 de novembro de 2015

Depois de bater no fundo...

Nunca me passou pela cabeça chegar ao ponto que cheguei.

Depois de ter conseguido ficar no estágio, (mas só durante meio ano, para substituir uma que vai de licença) com promessa de mais trabalho, com um ligeiro aumento salariar (o que não aconteceu) e  continuar perto de casa.

Confesso que as expectativas na altura eram altas, mas as coisas nem sempre foram como esperado. A um mês da rapariga de licença abandonar “atira-me” para cima tudo o que tenho para fazer daqui para a frente… Um trabalho com grande exigência e que devia ter tido mais tempo para aprender tudo o que tinha para aprender. A verdade é fui atirada aos leões da noite para o dia…

Para juntar á festa, o meu pai tem andado de operações em operações por causa de um tumor que lhe apareceu, para já, nada de grave, as coisas estão a correr bem, menos mal.

Contudo, não tem sido fácil consolidar tudo, o meu trabalho, com o da colega que vai de licença. E isso já se notou na última campanha que fiz.
As pessoas lá também não ajudam, nunca ajudaram, são só amigas entre elas, podem mandar umas piadas, mas é só mesmo para tirar nabos da púcara. Podem ver-te num dia mau e nem uma palavra de conforto, nem um gesto de cumplicidade, nada.

A última semana que passou foi o “fim do mundo em cuecas” eu só chorava de nervos, de não conseguir corresponder as expectativas, de chegar ao ponto de não descansar (como está a acontecer agora, as 4 da manhã e eu a desabafar as minhas mágoas)... Ah sim, este fim de semana foi o descambar, com ataques de choro, só de falar da minha falta de sono… tomei uma atitude e fui a um medico, que aparentemente soube diagnosticar o que estava a sentir: “mágoa”...
A verdade é que é isso mesmo que sinto… Tenho que diagnosticar de onde essa mágoa vem, para ser a pessoa de antigamente… Porque tenho saudades dela, da pessoa que era…

Resumidamente a minha vida está um caos, não sei o que fazer! A medicação que me receitou não está a ter grande efeito e sei perfeitamente que para que a medicação resulte, tenho que ter força para me levantar do buraco onde me fui meter.

O início da semana não começou da melhor forma. Não tinha lágrimas para chorar, mas a cara de enterro era bem visível. Mas não houve ninguém por parte dos meus colegas que me perguntasse se estava bem.

Não sei se devo abandonar, se devo "parar" e recompor-me psicologicamente.
Sinceramente, não sei o que fazer!